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Este experimento textual é um compilado de memórias referentes à infância divididas com um jornalista. Nesta experiência, dez homens homossexuais (denominados aqui “adultos viados”) foram convidados a rememorar a época de caixa de brinquedos, dentes caídos,​ manjas e recreios, a fim de compartilharem histórias referentes à infância, estas que dão alicerce para a construção das narrativas em crônicas que contextualizam e ilustram o universo “criança viada” em fatos verídicos.

Com esse ensejo, o livro intitulado Criança Viada se apresenta como uma proposta jornalístico-literária que se propõe a discutir — e, principalmente, denunciar ​—, a situação de desamparo familiar, social e psicológico que crianças homoafetivas do sexo biológico masculino enfrentam durante o seu percurso geralmente solitário de descoberta sexual desassistida.

 

O objetivo é dialogar de forma literária com a sociedade em geral com o intuito de despertá-los para uma discussão cada vez mais necessária e aprofundada acerca da relação  corpo, gênero e  sexualidade de crianças e adolescentes.

 Algo sobre TCC 

Criança Viada

A escolha do produto livro no formato crônica é uma tentativa de discutir este tema numa perspectiva literária por acreditar que, embora não muito usual pelos jornalistas atualmente, a literatura como agente textual discursivo ainda é uma arma estratégica para engajar leitores. O livro disponível em crônicas não discute a narrativa em linearidade, podendo o leitor definir o ritmo de sua leitura, sem que a compreensão do objeto como um todo seja inferida.

A ideia deste feito é dar voz para os silenciados. É  comunicar com o leitor sobre algo que é fortemente ignorado pela grande mídia — tantas outras coisas são ignoradas. Mas, acima de tudo, é sobre produzir literatura LGBTQIA+ que grite o que está emudecido.

 

Durante o meu percurso acadêmico, aprendi que a razão social do jornalismo é comunicar. Servir diretamente à sociedade. Informá-los, mas, acima de tudo, fazê-los existir. Digo, o Jornalismo deve contar sobre a vida. Narrar histórias. Argumentar. Formar o indivíduo; ou, pelo menos, auxiliá-lo em sua formação como cidadão. Sensibilidade é a chave para compreender o que se quer dizer.

 

Não obstante, desejo à todos uma inquieta leitura!

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